segunda-feira, 23 de maio de 2016

a noite azul

um
blues
para você
sua cadela
que adormece
com
sorriso
se
esparramando
pelos lábios
com
os
seios
úmidos
de
esperma
com
cabelo
cansado
de
tanto
balanço
movimento
saudável
do seu
sexo
nada frágil
um
blues
em
sua
homenagem
enquanto
sonha
o
sonho
do
esquecimento
fui
apenas
mais
um
mais
um
pau
a
devastar
sua
floresta
repleta
de
montanhas
em
chamas
você
não chama
meu 
nome
enquanto
dorme
com
a
boca
aberta
boca
que
arranhou
peito
com
seus 
dentes
malignos
um
blues
uma noite azul
de tristeza
me
encobre
sua
cadela
a primeira
gota
amarela
do sol
a invadir
seu sono
e
você
partirá
sem remorso
deixando meus
ossos
apaixonados
flutuando
no lago
do
desassossego
bem cedo
você
sua
cadela
irá
sabe-se lá
aonde
mas irá
deixa
pau
em
carne viva
e
sua
buceta
com
vestígios
de
saliva
lançará
um 
olhar
irônico
para o
quarto
das
paredes
solitárias
um
blues
canto
enquanto
de
olhos
fechados
você 
está
quando
abrir
fecharei
os
meus

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