a noite azul
um
blues
para você
sua cadela
que adormece
com
o
sorriso
se
esparramando
pelos lábios
com
os
seios
úmidos
de
esperma
com
o
cabelo
cansado
de
tanto
balanço
movimento
saudável
do seu
sexo
nada frágil
um
blues
em
sua
homenagem
enquanto
sonha
o
sonho
do
esquecimento
fui
apenas
mais
um
mais
um
pau
a
devastar
sua
floresta
repleta
repleta
de
montanhas
em
chamas
você
não chama
meu
nome
enquanto
dorme
com
a
boca
aberta
boca
que
arranhou
o
peito
com
seus
dentes
malignos
um
blues
uma noite azul
de tristeza
me
encobre
sua
cadela
a primeira
gota
amarela
do sol
a invadir
seu sono
e
você
partirá
sem remorso
deixando meus
ossos
apaixonados
flutuando
no lago
do
desassossego
bem cedo
você
sua
cadela
irá
sabe-se lá
aonde
mas irá
deixa
o
pau
em
carne viva
e
sua
buceta
com
vestígios
de
saliva
lançará
um
olhar
irônico
para o
quarto
das
paredes
solitárias
um
blues
canto
enquanto
de
olhos
fechados
você
está
quando
abrir
fecharei
os
meus
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