quarta-feira, 11 de maio de 2016

liberdade

o alçapão
se abre
com a frieza
de um psicopata
o pássaro cai
seu lamento
nas grades
do esquecimento
queima
o peito coberto de penas inocentes
sou o pássaro
valente
sangro a gengiva
ao morder o ferro que
prende
isola
separa
valente
sou fuga
eminente
invento novas asas
para o novo voo
paciente
chegará o momento
uma distração do carrasco
enfio o pé
na porta
enfio o pé
no rabo
do sentinela
vislumbro
a janela
o céu divertido
em seu azul topázio
em seu paraíso inexistente
paciente
a sorte está lançada
como disse Julio César
(apesar dele ter dito em latim)
mesmo assim
está lançada
é voo rumo
ao nada
mas é voo
quando se tem asas
a escolha certa é voar
paciente
chegará o instante
uma fração de segundo
e zás!!!
invado o mundo
um voo embriagado de felicidade
felicidade de voo
a lugar nenhum
melhor
que
decepado
no
mesmo
lugar

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