poema dedicado ao tigre
esse
filho da puta
tigre
sobre os
ombros
escombros
serei
se
deixá-lo
avançar
me enfurecendo
no lar
(que nada se parece com um lar!)
parece
com um
mal estar
sem
sonrisal
por
perto
é
minha vida
a ferver
com o
filho da puta
tigre
rasgando a pele
com suas
garras de
alumínio
puro
extermínio
do
ser
mas
há
vontade de força
nas
veias
teias
a capturar o
filho da puta
e
nessa tarde
esplendorosa
de
chuva
tenebrosa
ociosa
desliza
a
palavra
manchando
papel
nada de
céu
ou
inferno
sou
intermédio
pairo
entre
as
nuvens
e
a
terra
flutuo
o
filho da puta
tigre
desmorona
digo-lhe adeus
com
olhos perversos
rabisco novo
verso
de
triunfo
sem
assunto
sem
significado
alado
Nenhum comentário:
Postar um comentário