quarta-feira, 25 de maio de 2016

insisto

houve um
tempo
em que todo
mundo
achava meu
mundo
esquisito
insisto
era notório
ficava sabendo
através dos outros
que 
outros
diziam
que não
sabiam
quando
eu falava
sério
ou
não
hoje
ando
cabisbaixo
sei   não me
encaixo
no sorriso estridente
das pessoas ao meu redor
pior
todos se afastaram de mim
vivo
solitário
lendo romances de
500 páginas
para afastar toda
melancolia
sou
canário cantando
triste canção
sou 
memória apagada
na mente dos velhos amigos
mas
consigo
me erguer
chorar
escrever
um poema
que dedico
a tantos outros aflitos
nas
 calçadas
praças
ruas
ruelas
em todo
canto
em todo
mato
com suas picadas
nas vozes aladas
a se dirigir para o céu
na esperança de uma
recompensa
a minha cabeça
pensa
repensa
somente vomita palavras
nesse papel branco
novamente
insisto
sempre fui
esquisito
sempre fui
confuso
mudo de humor repentinamente
estou na sala
de repente
estou ausente
é uma vida lastimável
porém
amáveis são meus dedos
há muito tempo
seguram a pena
encharcam a vida
de
versos
insisto
versos
que
dedico
a
outro
irmão
aflito

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