segunda-feira, 6 de junho de 2016

notas do subterrâneo

o que
faço
ninguém
faz
é
único
pode
ser
uma
asneira
se for
é
asneira
à
minha
maneira
não
deixa
de
ser
mera
releitura
mas
a
altura
que
chego
rasga
o
vestido
azul
do
céu
de uma forma
exclusiva
é
autêntica
a
palavra
enviada
ao
mundo
pode
ser
ridicularizada
por
mãos
hábeis
de
críticos
e
literatos
não
importa
o que
faço
é
ato
de
sobrevivência
na
selva
da
urgência
é
como
meu
abraço
na
fumaça
do
tabaco
diante
das
advertências
médicas
não
importa
o que
faço
pode
não
deixar
rastro
ergo
um
brinde
à
esse
anonimato!
lanço
um
golpe
no
fígado
do
século
não estou
à
venda
vivo
livre
uma
biografia
poética
uma
fotografia
fora
de
foco
não me
enrosco
com
ninguém
flutuo
entre
a
multidão
não
escuto
acusação
contra
minha
conduta
libidinosa
astuta
persigo
uma
glória
subterrânea
um
mero
estilo
de
vida
que
inventei
o que
faço
me
transforma
em
rei

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