quarta-feira, 22 de junho de 2016

já experimentei de tudo   nada fissura tanto

óbvio
nada
sóbrio
décadas
milênios
de
embriaguez
de
fome
sono
luz
maconha
sexo
sede
cocaína
palavra
ah!!!
maior
embriaguez
não
existe
e
se
escassez
de
palavra
não
prato
torneira
traficante
travesseiro
que
jeito
sem
palavra
fissura
na
boca
estala
a
cabeça
roda
tudo
incomoda
esperneia
range
coça
não!!!
sempre
saio
em
correria
na
captura
senão
anemia
rastejo
sobre
caco
de
vidro
lacero
o
umbigo
não
desiste
hei
de
achá-la!!!
palavra
perdida
palavra
minha
ela
não
pode
deixar
a
caneta
sozinha
não
pode
me
deixar
na
mão
não
pode
escapulir
por
rebolando
porta
afora
deixando
cair
tudo
que
lhe
entreguei
sem
cobrar
nada
não!!!
persigo
seu
rastro
com
narinas
de
cão
farejador
e
quando
a
encontro
puxo
pelos
cabelos
até
a
página
a
faço
deitar
de
bruços
cometo
um
estupro
com
o
sangue
a
vazar
de
sua
buceta
palavra
vadia
faço
poesia

Nenhum comentário:

Postar um comentário