insultos ao real à meia-noite e dez
no
meu
mundo
as
putas
parecem
flores
os
cães
raivosos
abanam
o
rabo
os
policiais
parecem
porra
desperdiçada
os
bêbados
são
poetas
e
sua
poesia
não
é
enfadonha
como
os
versos
dessa
horda
de
poetazinhos
esnobes
cuspindo
merda
no
público
que
cheira
e
aplaude
no
meu
mundo
não
entram
humanos
os
humanos
são
a
maior
fatalidade
da
história
da
humanidade
somente
inumanos
no
meu
mundo
inumanos
seres
sem
planos
puro
fluxo
como
um
rio
um
jato
de
sêmem
o
nervoso
líquido
menstrual
o
eterno
galope
das
estações
no
meu
mundo
vale
minha
lei
crio
esse
mundo
irreal
porque
a
realidade
não
contém
poesia
a
realidade
é
um
amontoado
de
morte
apodrecendo
ferindo
narinas
a
realidade
não!!!
não
quero
é
feia
e
chuta
minhas
bolas
ARTE
é
brincar
de
faz de conta
inventar
um
mundo
no
qual
tudo
desaba
ao
seu
redor
você
permanece
de
pé
tocando
no
violão
uma
cantiga
em
ré
maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário