sexta-feira, 3 de junho de 2016

delícias na vertigem do sonho

vem
menina
segue
a
trilha
o
penhasco
é
doce
não
trouxe
um 
pedaço
de
sangue
nos 
bolsos?
arremessa-o
na
profundeza
livra-se
dessa
tristeza
o
vento
está
chorando
de
alegria
não
ria
de
meus
galanteios
vem
menina
ergue
a
saia
ver
suas
coxas
fascina
meus
testículos
ergue
ergue
mais
deixa
ver
a
calcinha
oh!
é
vermelha
puro
terremoto
nos
ossos
vem
menina
aqui
nas
bordas
do 
penhasco
fronteira
entre
o
tédio
e
a
loucura
esse
fio
tênue
entre
a
dormência
e
a
genialidade
vem
menina
abre
a
boca
misto
de
coisa
rubra
e
roxa
abre
vou
introduzir
um
drops
de
anis
sempre
quis
vê-la
acesa
perplexa
uma
labareda
gritando
suave
nas
bordas
entre
o
chão
seguro
e
o
desejo
da
queda
vem
menina
com
seu
corpo
inteligente
me
beija
com
a
língua
vamos
trocar
nossa
saliva
em
chamas
fiquemos
aqui
um
olho
no
penhasco
outro
no
planalto
enquanto
nosso
peito
se
enrosca
enquanto
um
pássaro
branco
com
uma
flecha
cravada
no
coração
nos
observa
e
canta
vem
menina
sussurro
um
poema
nas
suas
delicadas
orelhas
não
trema
o
frio
congela
mas
a
vida
queima

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