sábado, 23 de julho de 2016

what's  up?

que
porra
é
essa?
escrevo
poemas
mas
raciocino
demais
e
isso
atrapalha
toda
escrita
criativa
é
a
morte
para
o
verso
enlouquecido
e
estou
raciocinando
mais
de
3
horas
a
noite
invade
o
Japão
aqui
a
claridade
faz
meus
olhos
lembrarem
que
desejo
um
sono
grandioso
e
não
essa
porra
de
intelectualidade
batendo
na
porta
do
quarto
é
claro
depois
da
literatura
a
atordoar
ouvidos
veio
filosofia
antropologia
sociologia
e
todo
o
resto!
comecei
a
escrever
porque
achava
que
era
uma
atividade
mais
interessante
do
que
a
engenharia
havia
algo
ali
que
fascinava
minha
testa
suada
de
tanto
aspirar
cocaína
havia
paixão
aquela
atividade
não
era
um
saber
técnico
e
eu
nunca
consegui
pregar
um
prego!
por que?
nunca
me
interessei!
nunca
me
interessei
por
nada
até que
descobri
a
PALAVRA
enfeitiçando
meu
corpo
algo
humano
faz
casa
na
página
algo
humano
fez
casa
no
meu
coração
mas
agora
estou
com
dor
na
nuca
pálpebras
cansadas
costas
suplicando
por
descanso
e
nada
adianta
permaneço
aceso
(como uma lâmpada que alguém
esqueceu de apagar)
não
leio
mais
porém
li
muito
as
PALAVRAS
as
malditas
PALAVRAS
que
tão
saborosas
pareciam
agora
nessa
alvorada
de
2
graus
negativos
estraçalham
minha
vida
e
o
mais
curioso
é
que
somente
através
desse
poema
composto
de
PALAVRAS
que
conseguirei
abraçar
o
travesseiro
e
calar
meu
tormento
que
porra
é
essa?
digo
adeus
à
manhã
aborrecida
digo
adeus
à
você
leitor
vai!
desaparece!
me esquece!
porque
estou
parando
por
aqui
como
prostituta
a
encerrar
o
expediente
não
por
falta
de
cliente
sim
por
falta
de
tesão
brincar
de
negociar
a
buceta
brincar
com
PALAVRAS
provoca
na
prostituta
e
no
poeta
uma
puta
EXAUSTÃO!

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