segunda-feira, 4 de julho de 2016

hoje assado   amanhã assim

caindo
como
a
maçã
de
Isaac
Newton
como
o
suicida
do
octagésimo
andar
caindo
com
olhos
semi cerrados
punhos fechados
asas mortas
dentes rangindo
bem
sabia
qual era
o
preço
da
escalada
rumo
ao
cume
daquela
montanha
profanada
por
sodomia
bem
sabia
que
tudo
acabaria
com
hostilidade
e
queda
livre
no
chão
das
rochas
com
língua
de
serpente
é
que
subi
com
selvageria
o
atalho
que
conduzia
à
alegria
no
alto
me
esqueci
da
força
do
vendaval
que
tudo
leva
levou
a
vida
levada
que
esta
levando
agora
caindo
mesmo
assim
sorrindo
ficarei
quietinho
nas
trevas
da
dormência
sem
nada
de
vontade
nem
foder
uma
boa
universitária
desejo...
sim!
quietinho
rabiscando
no
papel
a
própria
piada
de
minha
existência
caindo
como
gota
a
escapar
da
nuvem
e
depois
do
impacto
com
a
terra
endurecida
por
meses
de
sol
ficarei
quietinho
é
que
sei
essa
estação
irá
terminar
novamente
aos
píncaros
retornarei
como
rei
considerado
morto
que
regressa
com
anel
de
brilhante
todo
faceiro
é
que
sei
o
trono
é
meu
e
ninguém
tasca
porém
agora
caindo
uma
lasca
da
humanidade
se
despedindo
breve
despedida
logo
nada
de
quietinho
arranco
o
espinho
que
me
atordoa
e
caminho
à
toa
leve
solto
com
uma
majestosa
universitária
em
direção
à
moita
vou
fodê-la
por
inteira
em
gritante
espasmo
de
contentamento
supremo
antes disso
caindo


Nenhum comentário:

Postar um comentário