sexta-feira, 29 de julho de 2016

o maior poema de amor de todos os tempos
                                      
                                                            a Bianca Bueno


foi
uma
viagem
até
o
fim
da
noite
as
faces
morrendo
diante
da
temperatura
de
julho
e
juro
entre
nós
o
sol
queimava
nas
mordidas
suaves
no
choro
dela
abraçados
em
um
banco
velho
de
uma
praça
antiga
ela
perfeita
parceira
me
conduziu
à
um
quarto
apertado
de
paredes
magras
gordo
de
paixão
distraído
com
sua
buceta
saborosa
encantada
triste
bem humorada
usada
mas
parecia
virgem
em
sua
leveza
felina
com
o
olhar
dos
girassóis
enfeitiçados
me
proporcionou
delírio
nas
costas
cansadas
disse
que
meu
dedo
médio
ao
conquistar
seu
interior
foi
delicado
foi
delicioso
e
seu
gozo
a
fez
ranger
os
dentes
e
aqueceu
seu
gemido
naquela
noite
gelada
de
julho
naquele
quarto
banguela
ela
soberana
cadela
amorosa
vestida
de
sedução
avançou
sobre
o
pau
com
o
calor
da
lava
de
um
vulcão
desesperado
e
bem
perto
dali
o
rio
congelava
maridos
comiam
esposas
como
se
apertassem
parafusos
com
chaves
de
fenda
enferrujadas
religiosos
oravam
em
seus
palácios
católicos
enquanto
ela
realizava
a
prece
mais
sagrada
em
alvoroçada
chupada
com
a
paixão
que
nenhum
fiel
jamais
experimentou
eu
experimentei
gozei
na
boca
santa
de
Bianca
lembrei
do
amor
que
pouco
senti
embora
soubesse
que
era
amor
pois
ouvi
meus
brados
de
loucura
quando
ela
disse:
"meu homem"
paguei
o
dobro
que
ela
cobra
e
a
presenteei
com
um
casaco
de
couro
italiano
que
fora
estava
o
frio
tenebroso
de
julho
e
saímos
de
mãos
dadas
felizes
cantarolando
em
nossos
corações
a
maior
canção
de
amor
de
todos
os
tempos
 
 

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