segunda-feira, 7 de março de 2016

febre da selva

um negro e uma branca
o negro mamando nos mamilos brancos da branca
a branca chupando o pau grosso e longo do negro
sob um sol selvagem de Nova York   30 graus
sob a febre da tarde com seus raios ultra-violeta
(entrando sorrateiros pela janela de um discreto 
apertado apartamento)
o negro está de joelhos na cama
a branca está de quatro
o negro está enrabando a branca com estocadas sinceras
a bunda clara da branca sacoleja
como sacolejam os passageiros de um ônibus
super-lotado em São Paulo
o negro aumenta o ritmo
as estocadas agora são violentas
a branca range os dentes e geme baixinho
depois o negro diminui o ritmo
gotas de suor escorrem até o lençol
um pássaro ao longe grita de felicidade
agora o negro volta a acelerar o ritmo
crava os dedos na bunda branca da fêmea branca
e as estocadas se tornam ferozes
a branca passa a emitir uivos de loba
sente a proximidade do orgasmo
há umidade em suas mãos agarradas ao lençol
o negro acelera mais o ritmo das estocadas
com a força do seu pau preto  longo  e  grosso
a fêmea branca de cintura fina e ancas largas
morde os próprios lábios até explodir sangue
aí vem o gozo   de ambos 
ambos ao mesmo tempo
o esperma do negro mergulha no rabo da branca
com a velocidade de um jato super-sônico
o negro rola de costas  e deita no lado esquerdo
da cama
a branca somente esmorece e deita de bruços
no lado direito da cama
está completa a alegria da sodomia
eles se olham   se beijam na boca
um longo beijo
mal se conhecem
é sexo casual
herdeiro do amor livre dos anos 60
acendem cada um   um cigarro
permanecem deitados   calados
a febre selvagem do sol diminui sua força
está próximo o crepúsculo
o negro alto e forte 
exausto   se levanta
dá um beijo delicado no rosto da branca
se dirige à porta
diz adeus
e
vai
embora

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