segunda-feira, 17 de outubro de 2016

anotação de um velho bêbado

bar
da
Lia
tudo
antigo
como
a
morte
nossa
de
cada
dia
antigas
amizades
tão
jovens
quanto
nossa
nostalgia
ao
mastigar
o
velho
tabaco
ao
comentar
os
sonhos
entregues
nas
mãos
de
nossos
rivais
dormindo
com
eles
num
apertado
abraço
enquanto
vivemos
o
pesadelo
comprado
a
alto
preço
antigas
são
as
garrafas
da
cerveja
vadia
a
se
esvair
por
seus
gargalos
escuros
e
invadir
nossas
gargantas
desafinadas
de
tanto
cantar
canções
que
ninguém
mais
escuta
antigas
são
as
paredes
do
bar
da
Lia
permanecem
na
sua
velha
paralisia
mas
alegria
no
interior
delas
ao
ver
a
nata
da
antiga
rapaziada
deixando
suas
gotas
de
delírio
em
potes
que
nunca
TRANSBORDAM


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