terça-feira, 25 de outubro de 2016

brincando de roda-roda num domingo de sol sombrio

como
qualquer
outro
dia
tudo
gira
não
sei
se
é
o
planeta
chamado
Terra
que
gira
ao
redor
da
estrela
moribunda
chamada
Sol
ou
se
sou
eu
que
giro
ao
redor
do
planeta
é
que
tudo
gira
diante
dos
meus
olhos
semi-cerrados
e
minha
indiscreta
aparência
no
cruzamento
da
Manoel Ribas
com
a
Clotário Portugal
provoca
risos
convulsivos
e
ao
mesmo
tempo
olhares
que
parecem
embriagados
de
compaixão
todos
espiam
o
semáforo
assinalar
sua
passagem
e
acho
que
todos
percebem
que
não
sinal
verde
para
todos
nós
que
nos
consideramos
jovens
a
velocidade
dos
carros
apressados
apenas
demonstra
a
lentidão
da
circulação
de
suas
albinas
veias
e
quando
surge
o
corte
o
sangue
não
aparece
morte
no
interior
juvenil
dos
veículos
magros
cheios
da
gorda
ambição
exibicionista
assim
vejo
o
garoto
que
implorou
vinte
reais
do
meu
bolso
manchado
de
confusão
e
não
retornou
com
a
promessa
ofertada
calado
permaneço
nesse
endereço
enquanto
tudo
gira
à
beira
da
avenida
arremesso
palavras
insanas
ao
colega
inesperado
de
nome
Dyego
sentado
na
calçada
pois
a
fala
sadia
que
sacode
estrelas
não
nos
diz
nada
nem
ao
garoto
que
me
enganou
nem
aos
pilotos
dos
carros
ao
redigir
seu
próprio
texto
um
resumo
do
uso
de
sua
ilusão


 
 



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