sexta-feira, 21 de outubro de 2016

um bate-papo perturbador

o
jovem
iniciou
sua
conversa
e
velocidade
incendiou
seus
lábios
que
se
abriam
e
se
fechavam
nauseando
minha
triste
orelhinha
aquelas
palavras
joviais
mergulhavam
em
meu
interior
mas
não
morriam
boiavam
no
lago
das
dores
estomacais
e
ali
permaneciam
me
nauseando
ainda
mais
caí
na
armadilha
arremessei
respostas
na
verdade
questões
nos
tímpanos
do
jovem
que
teimava
em
não
se
calar
e
eu
preso
na
armadilha
devolvia
a
ele
minhas
insanas
frases
costumeiras
e
cavalgamos
a
longa
avenida
até
a
beira
do
rio
miramos
um
horrível
horizonte
demos
meia
volta
e
a
tagarelice
se
perpetuou
por
mais
de
três
demoradas
horas
nos
despedimos
penetrei
a
escuridão
do
quarto
pensando
em
repouso
mas
aquelas
horas
que
haviam
morrido
antes
se
transformaram
em
cinzas
irritantes
que
me
acompanharam
até
o
quarto
acho
que
entraram
pelo
meu
rabo
pois
as
hemorróidas
urravam
e
o
amanhecer
me
encontrou
deitados
de
olhos
abertos

Nenhum comentário:

Postar um comentário