terça-feira, 9 de agosto de 2016

um poema com pernas de mulher

desci
do
ônibus
amarelo
meros
dez
passos
me
perdi
completamente
atordoado
como
se
tivesse
sido
espancado
por
barras
de
metal
vi
extraordinária
loira
extremamente
alta
com
postura
de
quem
pertence
a
mais
alta
nobreza
com
andar
da
mais
sedutora
das
fêmeas
e
ela
entrou
numa
loja
eu
estava
fumando
joguei
o
cigarro
a
quilômetros
de
distância
a
segui
fui
abordado
pela
vendedora
junto
à
loira
magnífica
interessada
num
notebook
último
modelo
inventei
um
interesse
sobre
um
aparelho
de
som
que
descansava
ao
lado
dos
notebooks
loja
cheia
gente
estranha
vendedora
esquisita
isso
que
mal
olhei
para
ela!!!
a
visão
inebriada
adormecia
nos
pontiagudos
seios
da
loira
nobre
e
se
perdia
em
outras
partes
também
fascinantes
rosto
cabelos
pernas
sua cintura
fina
seu rabo
imenso
a
ternura
que
habitava
em
suas
mãos
apoiadas
naqueles
quadris
sinuosos
atenta
à
explicação
do
vendedor
e
esqueci
da
vendedora
ela
disse
meio
atrapalhada:
"o que o senhor deseja afinal?"
e
não
disse
coisa
alguma
e
a
loira
percebeu
meu
olhar
penetrante
me
encarou
com
cabeça
erguida
soberana
senti
seu
desprezo
uma
rajada
de
vento
invadiu
a
loja
e
seus
longos
cabelos
loiros
beijaram
meu
rosto
e
os
dois
vendedores
não
entendiam
nada
avancei
sobre
a
baronesa
de
forma
abrupta
ela
se
assustou
virou
o
maravilhoso
corpo
e
cavalgou
a
passos
rápidos
loja
afora
permaneci
uns
bons
5
minutos
parado
e
os
2
vendedores
me
perguntavam
sobre
algumas
coisas
que
não
ouvia
as
orelhas
estavam
quentes
vermelhas
e
mortas
não
me
movia
um
centímetro
resistindo
ao
forte
vento
resistindo
à
tempestade
que
rugia
dentro
de
mim
disse
 adeus
aos
vendedores
e
saí
entristecido
por
ter
perdido
de
vista
àquela
mulher
que
merecia
uma
escultura
um
quadro
uma
estátua
um
hino
um
poema
bem!
isso
pelo
menos
fiz

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