segunda-feira, 1 de agosto de 2016

solidão ( II )

é
sempre
na
boca
a
frase
presa
o
tigre
me
encurralando
não
deixando
ver
direito
sua
beleza
é
sempre
a
mesma
história
sempre
a
encontro
sozinha
sob
o
frio
dessas
manhãs
de
agosto
ostentando
sua
maquiagem
conversando
com
o
celular
eu
passo
penso
paro
digo
nada
e
saio
encabulado
entre
os
dedos
o
mesmo
cigarro
todos
os
dias
nessas
neblinas
de
agosto
ensaio
uma
frase
e
é
sempre
quase
e
vem
setembro
a
primavera
chega
é
outra
sua
maquiagem
mas
é
mesma
a
minha
falta
de
coragem
o
tigre
me
acompanha
até
a
padaria
saio
com
os
pães
e
o
leite
novamente
um
café
da
manhã
solitário
em
cima
da
mesa
o
tigre
deixa
um
poema
que
nada!!!
é
aquela
maldita
frase
presa
na
boca

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