segunda-feira, 1 de agosto de 2016

renascido

vento
dos
demônios
apagou
chama
destemida
cultivada
na
descida
naquela
ladeira
ensandecida
percorrida
por
corpo
gasto
de
tanta
noite
mal
dormida
os
músculos
gemiam
toda
7
e
meia
da
manhã
quando
embarcava
no
ônibus
amarelo
o
coração
com
patas
de
azulão
cumpriu
missão
de
segunda
à
sexta
com
direito
de
saborear
o
vento
da
insensatez
tudo
se
desfez
com
espancamento
sorrateiro
na
pálpebra
e
24
horas
de
sono
provocaram
tédio
o
domingo
foi
pavoroso
com
os
crocodilos
do
pânico
mordiscando
o
pescoço
e
nada
de
almoço
e
nada
de
sorriso
e
nada
de
música
e
nada
de
poesia
(até chutei o focinho de
minha cadelinha!!!)
havia
decidido
decretar
feriado
perpétuo
havia
banido
todo
fascínio
pela
vida
e
pensava
em
comprar
um
rifle
que triste!!!
não
sei
como
tudo
se
modificou
talvez
os
5
maços
de
cigarro
ou
os
4
litros
de
Coca-Cola
realmente
não
sei
algo
surgiu
sacudiu
pernas
mãos
cabelos
e
estava
pronto
para
novo
poema
 nova
canção
e
todo
o
sol
espancou
a
meia-noite
do
domingo
e
escrevi
isso
enquanto
a
lasanha
assava
no
forno
e
antes
de
comê-la
a
fome
tinha
passado
também
aquele
estado
de
negação
submergiu
no
oceano
de
delícias
infinitas
e
é
segunda
meia-noite
e
10
e
todo
alerta
abraço
todos
em
pensamento
se
todos
são
versos
confusos
hei
de
promovê-los
ao
maravilhoso
marcante
momento
miraculoso
em
que
tudo
entendo
e
a
confusão
desaparece
esse
poema
é
tão
inexplicável
como
a
própria
escalada
até
a
nuvem
escura
da
noite
dessa
segunda
tão
fecunda

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