sexta-feira, 5 de agosto de 2016

        em homenagem verdadeira ao jovem anarquista

uma
vida
que
queima
que
machuca
suas
partes
íntimas
que
lhe
faz
lembra
você
EXISTE!!!
e
hoje
quando
incomodei
o
livreiro
anarquista
a
fumar
seu
cigarro
eletrônico
fuçando
no
celular
falando
e
falando
sobre
transformar
o
mundo
pensei
em
escrever
algo
a
respeito
de
nosso
divertido
encontro
logo
ao
cair
da
primeira
chuva
e
acordei
com
as
gotas
batendo
na
janela
e
escrevo
o
poema
dedicado
ao
livreiro
anarquista
o
incomodei
para
tirar
um
sarro
perguntando
se
ele
gostava
dos
punks
perguntando
se
ele
apreciava
a
filosofia
de
Nietsche
perguntando
mil
coisas
e
ele
se
desviou
de
mim
e
foi
falar
com
um
professor
universitário
sobre
a
transformação
do
mundo
antes
disse
à
ele:
"esse tal mundo que você
quer transformar
com ou sem sua presença
se transformará
e sempre será
o mesmo!"
meio
atrapalhado
deu
um
trago
apressado
no
cigarro
eletrônico
e
descobriu
o
tal
professor
confesso
não presto
tudo
que
disse
tinha
somente
o
objetivo
de
incomodá-lo
e
provocar
gargalhadas
em
meus
ossos
feridos
naquela
hora
matinal
e
agora
enquanto
a
chuva
rosna
nessa
noite
apetitosa
penso
no
jovem
anarquista
e
se
sua
vida
o
excita
se
ele
se
interessa
por
uma
vadiagem
bebedeira
putaria
ou
apenas
quer
salvar
todos
esclarecer
para
todos
(que para ele vivem nas trevas
da alienação!!!)
a
urgência
de
transformar
o
mundo
e
retornei
à
casa
e
observei
as
pessoas
caminhando
na
loucura
do
meio-dia
os
cães
sendo
acariciados
por
bando
de
miseráveis
os
escolares
posando
para
uma
foto
e
achei
que
nenhum
daqueles
seres
estaria
a fim
de
conversar
um
segundo
sequer
com
aquele
jovem
anarquista
que
não
vivem
no
mesmo
"mundo"
dele
lembro
(agora que a chuva cai de mansinho)
percebi
uma
imensa
solidão
em
seus
olhos
vidrados
no
cigarro
eletrônico
e
por
isso
 fui
incomodá-lo
para
levar
um
pouco
de
companhia
(um tanto furiosa!!!)
àqueles
olhinhos
transformadores
do
mundo
no
fundo
não
é
que
não
presto
é
que
gosto
(às vezes)
de
conduzir
um
prazer
incerto
em
caras
assim
como
eu
confusos
nessa
vida
excitante
e
que
pode
se
tornar
aborrecida
se
você
levá-la
à
sério
e
a
chuva
vira
silêncio
irei
também
me
calar
antes
digo
ao
vento
e
ao
jovem
anarquista:
"tudo bem!!!
faça o que quiser!!!
não condeno ninguém!!!
nem absolvo!!!
não pratico a magistratura!!!
somente
vivo
escrevo
e
grito
após
a
chuva
do
início
de
agosto"

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