segunda-feira, 1 de agosto de 2016

solidão

à
noite
caminho
sem
pensar
o
luar
se
delicia
na
mesa
do
bar
entro
e
vejo
você
vestida
com
vestido
azul
meias
de
nylon
sapatos
de
salto
alto
brancos
nos
olhos
um
convite
a
noite
é
minha
amiga
mas
não
sei
se
você
é
peço
um
conhaque
acendo
um
Marlboro
no
outro
lado
do
balcão
em
que
você
está
e
pergunto
ao
bêbado
ao
meu
lado
se
sabe
algo
sobre
você
que
está
tão
distante
de
tudo
com
seu
copo
cheio
de
vinho
seu
cigarro
de
filtro
amarelo
manchado
de
batom
vermelho
e
o
bêbado
diz
algo
não
entendo
acendo
outro
Marlboro
vejo
a
garoa
que
brota
na
calçada
e
você
calada
me
olha
quando
não
percebo
quando
retorno
meu
rosto
ao
encontro
do
seu
você
não
está
foi
uma
visão
ou
o
que
será?
não
sei
pago
a
conta
esmago
o
tabaco
no
cinzeiro
de
madeira
imunda
e
escrevo
um
poema
de
amor
num
guardanapo
molhado
de
cerveja
sentado
na
banqueta
abandono
o
bar
essa
noite
não
consegui
amar
e
bate
um
vento
leva
o
escrito
para
o
outro
lado
do
balcão
e
ele
cai
em
sua
mão
mas
eu
não
estou
mais

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