quinta-feira, 18 de agosto de 2016

a entrega

faceiro
demais
canções
às
centenas
poema
não
ruge
em
silêncio
descansa
junto
aos
insetos
agonizantes
do
ainda
gelado
agosto
teimo
queimo
dezenas
de
livros
desinteressantes
a
fogueira
reluz
no
quarto
faceiro
demais
acordes
a
encher
de
tranquilidade
a
pança
branca
e
sigo
rasgando
página
por
página
escrevo
um
verso
e
aprecio
o
fogaréu
é
tentativa
sempre
tola
tentativa
de
provocar
inquietude
nessa
dormência
de
2
dias
de
alegria
é
tanta
que
até
esqueci
minha
infelicidade
nesse
instante
rasgando
e
queimando
papel
na
noite
fria
desejo
vomitar
o
contentamento
que
desse
jeito
não
escorre
poesia
dos
dedos
enterrei
o
aparelho
de
som
num
canto
obscuro
e
talvez
vocês
não
entendam
meu
gosto
por
instabilidade
é
que
a
paz
me
entedia
quando
dura
mais
de
48
horas
esperem!!!
vou
buscar
outro
livro
na
estante
(daqui à pouco incendeio a casa inteira!!!)
mas
não
outro
trajeto
preciso
do
duelo
incessante
com
a
vida
apertá-la
contra
a
parede
vê-la
perder
o
fôlego
e
beijá-la
na
boca
enquanto
morre
lentamente
eu
renasço
pernas
de
mulher
filosofia
barata
neurose
urbana
invadem
meu
corpo
e
adormeço
infeliz
e
radiante
por
ter
feito
isso
que
entrego
à
VOCÊS
l

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