quarta-feira, 28 de junho de 2017

eu e ela (II)
 
estirado
na
cama
 
me
deliciando
com
o
som
vindo
da
máquina
ROCK
que
quando
se
move
arremessa
melodia
a
encharcar
o
dorso
dela
de
óleo
purpurina
carnaval
alegria
 
e
o
samba
corre
solto
até
o
momento
que
sol
moreno
nos
enche
de
preguiça
 
é
quando
o
cobertor
entra
em
cena
 
e
no
escuro
da
toca
compartilhamos
uma
lata
de
LEITE MOÇA
 
depois
incendiamos
o
dia
com
nossoos
cigarros
amalucados
  
é
macia
agora
a
cama
em
que
durmo
mas
minha
poesia
não
 
lhe
enfio
um
verso
áspero
na
jugular
que
mastigará
a
cal
de
todas
as
paredes
do
seu
lar
 
e
depois
de
tido
EU
E
ELA
 
lambuzados
até
o
cabelo
cheirando
tabaco
 
capotamos
na
primeira
curva
de
nosso
abandono
coletivo
na
esperança
VERDE
de
acordarmos
amanhã
entupidos
de
motivo
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário