quarta-feira, 2 de novembro de 2016

uma escrita açucarada escapa dos dedos amargos

uma
regra
não
ditada
por
ninguém
e
ao
mesmo
tempo
ditada
por
todos
e
sangra
o
gargalo
da
garrafa
no
bar
do
Jonas
e
a
rolha
da
garrafa
de
champagne
está
deitada
no
quarto
e
VOCÊ
que
me
onde
  está? 
por
acaso
segura
alguma
garrafa
entorpecida
verde
babando
de
desejo
vontade
coisas
assim
  sabe?
VOCÊ
está
lendo
enquanto
mastiga
um
Elma Chipps
bebe
uma
cafeinada
Coca-Cola
ou
está
lendo
enquanto
o
intervalo
comercial
de
sua
TV
não
termina
ou
está
lendo
desatento
pensano
em
coisas
doces
como
o
céu
brilhante
os
cisnes
no
antigo
lago
dormindo
após
o
almoço
um
beijo
de
namorada
juvenil
um
primeiro
lugar
em
alguma
competição
coisas
doces
como
as
pernas
cruzadas
de
uma
modelo
de
longas
pernas
coisas
doces
como
esse
poema
que
obedece
de
maneira
desobediente
aquela
regra
obscura
como
esse
poema
esquizofrênico
em
seu
apaixonado
nascimento
como
esse
poema
entregue
a
VOCÊ
que
não
sei
onde
está
e
também
não
sei
onde
estava
sua
cabeça
quando
resolveu
ler
isso

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